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Rubi

O rubi deve seu nome à sua cor vermelha (do latim: rubeus). A cor vermelha geralmente varia de acordo com a jazida; entretanto, não se pode deduzir o lugar de origem das pedras a partir desse fato, porque numa mesma jazida podem ocorrer várias tonalidades. Por isso, as denominações “rubi da Birmânia” ou “rubi do Sião” são equivocadas e se referem mais à qualidade do que à origem da gema. A cor mais apreciada é o vermelho puro com uma pequena tonalidade azulada denominada “sangue de pombo”. A coloração nem sempre é homogênea, apresentando frequentemente bandas ou manchas. No mineral bruto o rubi parece opaco e graxo, mas lapidado tem um brilho quase equivalente ao do diamante. O tratamento por aquecimento é comumente usado para melhorar a cor.
É este o mineral mais duro depois do diamante. Contudo, a dureza é claramente distinta conforme as direções, fato que o lapidário deve levar em conta.

 

As inclusões são muito frequentes, mas não significam uma diminuição da qualidade; ao contrário: são prova da legitimidade dos rubis naturais, em contraposição às gemas sintéticas. O tipo de inclusão (minerais, canais ou outras cavidades) indica muitas vezes a jazida de origem da pedra. As agulhas de rutilo inclusas dão um aspecto sedoso, um efeito de olho-de-gato na lapidação cabochão, ou o tão apreciado asterismo, como uma estrela de seis pontas, que se desloca sobre a superfície da pedra quando ela é movida. Hoje em dia também estão no comércio os chamados Rubis Trapiche. A aparência deles é semelhante à das Esmeraldas Trapiche.

Jazidas

A principal rocha matriz do rubi é um mármore dolomítico que se originou por metamorfismo de contato do granito com calcário. Não obstante, a porcentagem de rubi nessas jazidas primárias é baixa demais para permitir uma exploração comercial. A extração é feita, preferencialmente, em depósitos eluviais; a densidade relativa elevada do rubi permite que ele seja encontrado em concentrados com outros minerais pesados, após a lavagem do cascalho e areia do rio, sendo, então retirado à mão. (...)
Existem jazidas importantes na Birmânia, Tailândia, Sri Lanka e Tanzânia, encontrando-se as mais importantes ao norte da Birmânia, perto do Mogok. O leito rico em rubis encontra-se vários metros abaixo da superfície e é explorado por meio de poços e galerias. Aparentemente, só 1% da produção é apropriada para joalheria. Encontram-se frequentemente rubis “sangue de pombo”, considerados como os mais valiosos; pedras grandes, por outro lado, são muito raras. Os rubis são encontrados junto de berilos, crisoberilos, granadas, pedras-da-lua, safiras, espinélios e topázios. No início da década de 1990, uma grande jazida foi encontrada em Mong Hsu em Myanmar. Os rubis tailandeses têm geralmente uma tonalidade acastanhada. São extraídos a sudeste de Bangkok, na região de Chanthaburi, a partir de seixos argilosos. Os poços de extração chegam até 8m de profundidade. (...)
Outros produtores significativos são o Afeganistão, Camboja, Quênia, República do Melgaxe (Madagascar) e Vietnã. Existem jazidas pouco importantes: na Austrália, Brasil, Índia, Malawi, Nepal, Paquistão, EUA e Zimbábue.

 

Fontes: Schumann, Walter – Gemas do Mundo, -
9ª Ed. ampl. e atual. – São Paulo : Disal – 2006

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