top of page

DIAMANTES

Jazidas Diamantíferas

Lavagem de diamantes

(América do Sul). ORBIGNY, Alcide Dessalines d’

Os diamantes são encontrados em jazidas primárias e secundárias. Até 1871, os diamantes eram extraídos exclusivamente de jazidas aluvionares pelo processo de lavagem. Casualmente, foram descobertas jazidas primárias na África do Sul: chaminés vulcânicas, chamadas pipes (do inglês: tubo, cachimbo), que contêm a rocha-matriz diamantífera – o kimberlito (mais raramente lamproíto, uma rocha de natureza básica e ultrabásica de cor cinza-esverdeado). (...)

​​

Em 1725, encontram-se os primeiros diamantes no continente sul-americano, em Minas Gerais (Brasil), junto a atual cidade de Diamantina. Em 1843, foi descoberto na Bahia o carbonado pardo-negro, um agregado de diamantes microcristalinos, muito apreciado na indústria devido a sua grande resistência. O Brasil foi suplantado pela África do Sul, que teve uma posição predominante, na produção e no comércio dos diamantes, até aproximadamente 1970. A primeira descoberta africana ocorreu em 1866, na região perto da nascente do rio Orange. (...)

O círculo de produtores de diamantes tem se tornado extenso, mais de vinte países pertencem a ele. Os produtores importantes são: Austrália, Botswana, Rússia, África do Sul, Zaire, Namíbia, Brasil, Gana, Angola e República Centro Africana (em ordem de produção, segundo dados de 1995). (...)

Baseando-se no que se sabe atualmente, muitos especialistas acreditam que num futuro próximo, existam muitos pipes diamantíferos para serem encontrados no Canadá.

A Produção e o Comércio

A obtenção dos diamantes da sua rocha hospedeira é feita hoje em dia com o auxílio de muita maquinaria. O método menos custoso é retirar diamantes de aluviões e do “yellow ground” (terra amarela), produto de meteorização do kimberlito.

Por causa da sua textura, e da alta densidade relativa, os diamantes podem ser separados e juntados em bateias. O “blue ground” (terra azul), a matriz do “pipe”, deve ser primeiro triturado, antes de ser separado em lavadouros.

A separação dos diamantes, a partir desse concentrado, realizada inicialmente à mão, é atualmente feita totalmente de forma automática, (...)

 

Outros métodos de seleção de diamantes se baseiam na separação eletrostática, na seleção óptica mediante células fotoelétricas ou nos fenômenos de fluorescência com o raio-X.

Apesar do uso dessas modernas técnicas, a seleção final é feita manualmente, porque outros minerais ficam na concentração final, entre os diamantes.

Carlos Julião - Serro Frio

Cerca de 80% da produção mundial de diamante e fornecimento de pedras em bruto são controlados por uma só empresa, conhecida pelo nome reunido de “De Beers”. Numerosas associações com enormes conexões empresariais, assim como instituições e companhias fora do comércio de diamantes, têm atrás de si o nome “De Beers”, assim são por exemplo: a “De Beers Conolidated Mines Limited”, a “De Beers Centenary AG” e a “Central Selling Organisation” (CSO). (...)

Todos os diamantes apropriados para a joalheria vão para Londres, para a CSO. Ali, eles são reunidos nos chamados lotes, partidas ou pacotes (parcels) com a finalidade de venda e são oferecidos num preço fixo. Aquisições parciais não existem, somente por lotes.

Apenas um pequeno número de diamantários, escolhidos e aceitos pelo CSO, os “sightholder´s” (os detentores dos lotes de diamantes), estão autorizados a comprar (atualmente são 160). Eles adquirem a mercadoria, que é colocada à venda, em dez vendas anuais, os “sights”, em Londres, Lucerna e Johannesburgo, de acordo com o desejo registrado dos fregueses. A CSO oferece apenas pedras em bruto.

A venda posterior e a repartição dos lotes é feita pelos “compradores diretos”, preferivelmente em bolsas de diamantes (algumas vezes chamadas de clubes de diamantes). Existem bolsas na Antuérpia, Amsterdã, Nova York e Ramat Gan em Israel, além de Johannesburgo, Londres, Milão, Paris e Viena, e desde 1974, também em Idar-Oberstein/Renânaia (Alemanha). As mais importantes são as quatro da Antuérpia, o maior comércio mundial de diamantes. (...)

A “De Beers” controla e influi também através de seus sistemas de mercado, no preço de revenda. O objetivo é manter alto o valor do diamante e impedir quaisquer manobras dúbias no comércio. (...)

Avaliação da Qualidade do Diamante

Apenas 20% de todos os diamantes são utilizáveis na joalheria, a maioria deles tem utilidade técnica (industrial). Estes diamantes industriais (bort) são imprescindíveis para coroas de perfuratrizes de sondagem, fresadoras, ferramentas de vidraceiro, rebolos, etc.

Desde 1983, outros 20 por cento têm sido classificados como “quase de qualidade gemológica” e são lapidados, principalmente na Índia. Os diamantes menores e os de menor qualidade podem ser trabalhados e oferecidos para outros compradores que não os estritamente controlados pelo mercado diamantífero.

 

Na avaliação de diamantes lapidados são levados em consideração o peso (carat), a cor (colour), lapidação (cut) e pureza (clarity). Estes 4 “Cs” (iniciais dos 4 fatores em inglês) determinam o valor de um diamante.

(Clique na Imagem para ampliá-la)

Diamantes Famosos

Vários diamantes são bem conhecidos e famosos por causa do seu tamanho, beleza ou passado.

Ao lado podemos ver alguns desses exemplares.

(clique na imagem para ver sua descrição)

Fonte: Schumann, Walter – Gemas do Mundo, -
9ª Ed. ampl. e atual. – São Paulo : Disal - 2006

bottom of page